Quem sou eu

Minha foto
Fortaleza, Ceará, Brazil
Graduada em Artes Plásticas pelo IFCE – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica - Campus Ceará, graduada em Pedagogia pela UECE – Universidade Estadual do Ceará, Technical Design pelo FIT – Fashion Institute of Technology, Nova York / EUA, tendo feito Formação em Arte Terapia pelo Instituto Aquilae de Fortaleza. Fez especialização em Dança e Pensamento pela Fundação de Cultura de Fortaleza em convênio com a Universidade Federal do Ceará. Participou de várias exposições individuais e coletivas onde exibiu seus trabalhos, envolvendo instalação, desenho, escultura, objetos, performance e vídeos. Integra grupos ligados ao movimento corporal, trabalhando com performers, bailarinos e coreógrafos e realizadores áudiovisuais. No ano de 2010 foi selecionada para três residências da Funarte e uma do Ceia em Belo Horizonte. Agraciada pelo premio de Artes visuais da Secultifor com o projeto de exposições adesgraçadalebre. Em sua pesquisa, discute os limites do corpo, sua memória, sentidos e sensações que o envolvem. Seu trabalho propõe diálogo estreito entre corpo - espaço – tempo - meio ambiente.

Relicário

Relicário
Instalação e performance

Relicário

Relicário
Instalação e performance

Espasmos I

Espasmos I
Objeto em ferro e tecido. Medindo 390 x 90 cm

quinta-feira, 31 de março de 2011

gratidão


Tem textos que quando lemos, pensamos: puxa, penso igual ao autor. Embora pensamento e escrita se distancie um bocado... Eu, com minha timidez excessiva de escrever, me contento com as palavras dos outros. Amo ler e me emociono quando encontro pensamentos que também são meus. Os escritores têm minha admiração e gratidão por tanto que eles me completam.


No dia que li o livro Ó de Nuno Ramos, me impressionei com a escrita dele, com a coragem, a fluidêz que ele coloca as palvras no papel. A leitura parece uma dança, onde paisagem e sons tomam conta de quem se aventura a iniciá-la. Nuno fala de possíbilidade, fala de corpo, fala de cotidiano e fala de tudo desnudamente. No trecho que segue, algo de real no meu pensamento, no meu corpo.


“Toda linguagem, toda ciência, toda poesia quer aumentar a transparência desse vidro frágil, mas acaba por aumentar sua espessura – em vez de fazer durar a epifania, substitui-se a ela, criando uma nova camada de isolamento. Assim, numa espécie de asma progressiva e inexorável, nos distanciamos cada vez mais da respiração do ar fresco, obstruindo nosso caminho com os próprios artefatos que criamos. Não percebemos o vento, nem o frio, nem o roçar das folhas. Uma blindagem nos separa do céu.” (retirado do livro Ó de Nuno Ramos)